sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Elementos básicos do Yoga


Os seis elementos básicos do Yoga, segundo Belling (2002, p. 18) são:
  • Postura
  • Respiração;
  • Relaxamento;
  • Meditação;
  • Dieta e
  • Pensamento Correto.

Postura

A postura é um ponto essencial dentro do yoga e deve ser, portanto, estável e confortável. Por exemplo, a nível físico, uma postura incorreta pode contribuir para o aparecimento de dores crônicas pelo corpo; a nível psíquico, o estado psicológico e emocional da pessoa pode estar refletido e/ou influenciado pela postura (por exemplo, o ombro e peito arqueado para frente e encolhido, pode indicar uma pessoa mais abatida e um estado psíquico correspondente).

A postura saudável é aquela em que apenas está presente a tensão muscular necessária para manter o corpo ereto – por outras palavras, não há tensões excessivas ou desnecessárias. [...] As posturas de Yoga são concebidas para promover esta postura saudável e cuidada, que se consegue adaptando diversas posições corporais, cada uma destinada a alongar e fortalecer o corpo, com especial incidência na coluna vertebral (BELLING, 2002, p. 18).

Uma postura equilibrada traz diversos benefícios, tais como, flexibilidade, maior consciência corporal, um melhor funcionamento do organismo, maior fluidez da força vital, respiração mais consciente e expandida, estrutura óssea mais alinhada e apoiada, que também influenciará a nível psíquico.


Respiração

“A respiração, constante alternância entre a inspiração e a expiração, é considerada a mais importante de todas as funções humanas” (BELLING, 2002, p. 20). Somos capazes de viver muitos dias sem comer e beber, mas pouco tempo sem respirar.
Respirar ajuda no fluxo suave do movimento e auxilia a mente a concentrar-se no momento presente.
As práticas respiratórias do Yoga têm o nome de Pranayama, termo originado do sânscrito. Prana foi traduzido como “energia vital” e Yama como “alongar”, assim, a prática de Pranayama proporciona uma maior vitalidade, consciência na respiração e a possibilidade de respirar mais profunda e plenamente.


Relaxamento
“Neste contexto, o relaxamento é a capacidade de se descontrair completamente, deitado ou sentado” (BELLING, 2002, p. 22). Viver a vida com níveis reduzidos de tensão, desnecessária, ajudará a desenvolver atenção mental e capacidade de concentração.
No Yoga, as práticas de relaxamento permitem que o corpo absorva e integre a energia liberada pelas diversas posturas, permitindo ao praticante obter o máximo de proveito de cada postura ou série de posturas. Também proporciona tempo para que o sangue circule pelo corpo, depois de realizado posturas que concentram o sangue em regiões específicas do corpo humano.


Meditação

Neste contexto, a meditação é descrita como uma prática ancestral usada para tranqüilizar a mente e trabalhar para um maior autoconhecimento e autodomínio.

A meditação refere-se, em geral, ao ato de contemplação ou reflexão de si próprio, da natureza da mente ou de algo ainda maior do que o ser, quer seja considerado Deus, a Consciência Universal ou qualquer símbolo de divindade escolhido. Não é algo que se aprenda - é um estado que surge naturalmente da prática regular da concentração (BELLING, 2002, p. 24).

A meditação induz estados em que as ondas cerebrais são de relaxamento, tranqüilidade mental, contentamento e serenidade, possibilitando regular a tensão arterial. Também ativa o sistema nervoso parassimpático, que possui uma influência calmante sobre o organismo, liberando as tensões desnecessárias e regulando o fluxo respiratório. 


Alimentação

Na filosofia do Yoga a alimentação é de grande importância e possui efeitos fisiológicos e psicológicos. Os alimentos podem influenciar o corpo e a mente de maneira benéfica ou prejudicial.

Alimentos Rajásicos: são estimulantes, tais como, produtos que contém cafeína, açucares, cebola, alho, todo alimento condimentado, aromático. Quando consumido em excesso podem afetar o sistema endócrino e nervoso, contribuindo para uma agitação mental.

Alimentos Tamásicos: são alimentos que diminuem a energia vital, deprimentes. São os produtos velhos, podres, alimentos não frescos, como os enlatados, congelados, processados, conservas, a carne vermelha e o álcool.
Alimentos Sátvicos: alimentos puros e cheios de vitalidades, como as frutas, os vegetais, as sementes, os cereais integrais, o mel, frutos secos.

Os praticantes experientes de Yoga podem passar alguns períodos de tempo sem ingerir nenhum tipo de alimento, ou seja, praticar o jejum. Ficar sem alimentos durante um ou dois dias é como um tônico para o organismo. “Dá uma folga ao sistema digestivo, permitindo assim que mais energia seja concentrada nas funções de limpeza e desintoxicação dos órgãos vitais” (BELLING, 2002, p. 29).


Vida Correta

O Yoga refere-se à saúde e vitalidade do corpo, da mente e do espírito e, a tudo que possa promover essa saúde. A maneira como pensamos, falamos e agimos é importante e influencia todos os aspectos de nossa vida.
“Devemos também tentar alargar o nosso cuidado aos outros, não prejudicando nenhum ser vivo através de pensamentos, palavras ou ações” (BELLING, 2002, p. 29).

Princípios éticos (Yama): ahimsa (não violência); Satya (verdade); Asteya (não roubar); Brahmacharya (conservação da energia); Aparigraha (desapego).

Práticas ou princípios pessoais (Niyama): Saucha (pureza); Santosa (satisfação, contentamento); Tapas (disciplina); Svadhyaya (estudo das Escrituras Sagradas); Isvara Pranidhana (rendição ou dedicação ao divino).



Referência
BELLING,N. Manual completo de yoga: guia completo passo a passo. Ed. Estampa: São Paulo, 2002.


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